Procuro a verdade
-Tentando fugir-
Da mentira e falsidade
Que me fazem cair,
Nos becos da ignomínia
Nas tortas vias da vida;
Pelas vielas desconhecidas
Deste eterno buscar,
Que me faz a toda a hora
Pensar e meditar...
......................................
Com arte,
Destreza,
Engenho,
- Alguma perspicácia -
(Se é que a tenho?!)
Deixo as ideias voarem
Sem compreender bem:
- Onde fica a lógica enquadrada,
Na procura de algo
Que não se tem?
Nenhuma certeza,
Nenhuma premissa;
-A lógica Iluminista que me desculpe:
Não há clivagem entre a razão e a fé,
Pois uma sem a outra
Fica enfermiça.
O jogo entre os dois lados
Faz surgir
Vários pontos de rutura,
No meio de outros tantos
A convergir.
......................................
Não sei bem se me situo
Nas contas mal paradas,
Que fazem parecer o destino
Uma obra inacabada.
Acabada onde?
Pelas mãos de quem?
Esquece-se o princípio,
De onde tudo provém.
Será Deus?
Será o Diabo?
Será o Caos?
Será o Acaso?
... Não sei bem...
-Sei que ao pensar no assunto
Uma imensidade
Em mim se detém.
Permanecem as possibilidades,
Porém,
Uma conclusão súbita:
- A verdade jaz encoberta
No seio da maior dúvida!
(Paula Coelho, 09 de Outubro de 2013)
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Para além desse olhar
Para além deste olhar
Que me dita a estrada a caminhar,
As esquinas a dobrar,
Os muros para derrubar,
Com as pedras da calçada a cantar.
Sinto o cheiro e a cor
De uma estranha forma de ser,
De uma dor...
Momentos de eterna certeza,
E de singelo esplendor.
Como uma tela vazia
- Sem cor -
Diante da qual,
Mil hipóteses de desenhar, pintar
Enquadrar...
A pintura da vida real
De par em par.
Toca uma música...
A melodia tem sentimento,
Cheiro, paladar...
Tem momentos e instantes
Em que apetece recomeçar!
Cai a tarde,
Vem a noite
E o ocaso de um sonho...
...Permanece lá.
..................................
..................................
- Para além do tempo,
Do espaço -
Com os olhos postos
Naquele ponto,
Naquele ponto,
E naquele traço,
Desenhando uma trajetória de vida,
Sem compasso.
Terá fim, a linha?
É o fim sem acabar?
..................................
..................................
...Não!!!
É a porta aberta do ponto final!
Oh! prazer de degustar
O deduzir e indagar
Com o pensamento!
Transportas a alma para outros lugares,
Nas delicadas asas do vento!
Oh! prazer de degustar
O deduzir e indagar
Com o pensamento!
Transportas a alma para outros lugares,
Nas delicadas asas do vento!
(Paula Coelho, 04 de Outubro de 2013)
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