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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Elogio da dúvida

Procuro a verdade
-Tentando fugir-
Da mentira e falsidade
Que me fazem cair,
Nos becos da ignomínia
Nas tortas vias da vida;
Pelas vielas desconhecidas
Deste eterno buscar,
Que me faz a toda a hora
Pensar e meditar...
......................................
Com arte,
Destreza,
Engenho,
- Alguma perspicácia -
(Se é que a tenho?!)
Deixo as ideias voarem
Sem compreender bem:
- Onde fica a lógica enquadrada,
Na procura de algo
Que não se tem?

Nenhuma certeza,
Nenhuma premissa;
-A lógica Iluminista que me desculpe:
Não há clivagem entre a razão e a fé,
Pois uma sem a outra
Fica enfermiça.

O jogo entre os dois lados
Faz surgir
Vários pontos de rutura,
No meio de outros tantos
A convergir.
......................................
Não sei bem se me situo
Nas contas mal paradas,
Que fazem parecer o destino
Uma obra inacabada.

Acabada onde?
Pelas mãos de quem?
Esquece-se o princípio,
De onde tudo provém.

Será Deus?
Será o Diabo?
Será o Caos?
Será o Acaso?
... Não sei bem...
-Sei que ao pensar no assunto
Uma imensidade
Em mim se detém.

Permanecem as possibilidades,
Porém,
Uma conclusão súbita:
- A verdade jaz encoberta
No seio da maior dúvida!

(Paula Coelho, 09 de Outubro de 2013)

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