Procuro a verdade
-Tentando fugir-
Da mentira e falsidade
Que me fazem cair,
Nos becos da ignomínia
Nas tortas vias da vida;
Pelas vielas desconhecidas
Deste eterno buscar,
Que me faz a toda a hora
Pensar e meditar...
......................................
Com arte,
Destreza,
Engenho,
- Alguma perspicácia -
(Se é que a tenho?!)
Deixo as ideias voarem
Sem compreender bem:
- Onde fica a lógica enquadrada,
Na procura de algo
Que não se tem?
Nenhuma certeza,
Nenhuma premissa;
-A lógica Iluminista que me desculpe:
Não há clivagem entre a razão e a fé,
Pois uma sem a outra
Fica enfermiça.
O jogo entre os dois lados
Faz surgir
Vários pontos de rutura,
No meio de outros tantos
A convergir.
......................................
Não sei bem se me situo
Nas contas mal paradas,
Que fazem parecer o destino
Uma obra inacabada.
Acabada onde?
Pelas mãos de quem?
Esquece-se o princípio,
De onde tudo provém.
Será Deus?
Será o Diabo?
Será o Caos?
Será o Acaso?
... Não sei bem...
-Sei que ao pensar no assunto
Uma imensidade
Em mim se detém.
Permanecem as possibilidades,
Porém,
Uma conclusão súbita:
- A verdade jaz encoberta
No seio da maior dúvida!
(Paula Coelho, 09 de Outubro de 2013)
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