Que me dita a estrada a caminhar,
As esquinas a dobrar,
Os muros para derrubar,
Com as pedras da calçada a cantar.
Sinto o cheiro e a cor
De uma estranha forma de ser,
De uma dor...
Momentos de eterna certeza,
E de singelo esplendor.
Como uma tela vazia
- Sem cor -
Diante da qual,
Mil hipóteses de desenhar, pintar
Enquadrar...
A pintura da vida real
De par em par.
Toca uma música...
A melodia tem sentimento,
Cheiro, paladar...
Tem momentos e instantes
Em que apetece recomeçar!
Cai a tarde,
Vem a noite
E o ocaso de um sonho...
...Permanece lá.
..................................
..................................
- Para além do tempo,
Do espaço -
Com os olhos postos
Naquele ponto,
Naquele ponto,
E naquele traço,
Desenhando uma trajetória de vida,
Sem compasso.
Terá fim, a linha?
É o fim sem acabar?
..................................
..................................
...Não!!!
É a porta aberta do ponto final!
Oh! prazer de degustar
O deduzir e indagar
Com o pensamento!
Transportas a alma para outros lugares,
Nas delicadas asas do vento!
Oh! prazer de degustar
O deduzir e indagar
Com o pensamento!
Transportas a alma para outros lugares,
Nas delicadas asas do vento!
(Paula Coelho, 04 de Outubro de 2013)
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