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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Ecos da rua

“Já olhaste para aquele que vive na solidão?
Para aquele que dorme na rua,
E mendiga por um pouco de pão?
Já paraste para escutar o silêncio,
O eco que se ouve bem alto,
Da dor que o consome por dentro,
Da fome que o devora num pranto?

Se te detiveres, atentamente,
Com um pouco mais de cuidado,
Verás as experiências falhadas,
O abandono precoce.
A tristeza pungente,
Em seu rosto rasgado.
………………………
Mas se olhares mais de perto,
À luz dos lampadários da rua;
Verás esculpido no chão,
Aqueles que dormem o sono sombrio,
E têm por primordial companhia
A presença da solidão.

-Todos eles são teus irmãos.
………………………………
Como era bom se pudéssemos,
Libertá-los da exclusão…
- Apagar todos os pesadelos e medos
Com o carinho das nossas mãos.
E qual artista inspirado,
Recolorir-lhes a tela da vida,
Ofertando-lhes o calor da amizade,
Num gesto de caridade
Com esperança sentida.” 

 (Paula Coelho, 15 de Dezembro de 2014)




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